domingo, 6 de novembro de 2011

Julgamento Murray dia 21 - Sessão da Manhã

Julgamento de Murray dia 21/31 de Outubro de 2011

Sessão da Manhã

Testemunho do Dr White

Walgren Interroga

Dr White,está aposentado,após 30 anos de atendimento clinico,ensino e pesquisa.White diz que é um especialista no uso de Propofol, e não especialista em modelagem farmacocinética e dinâmica. White pede a outras pessoas para fazer isso como o Dr. Shafer.

Walgren pergunta se houve situações onde Dr Murray se desviou dos padrões de cuidados em 25 de Junho e nos últimos dois meses. Dr. White concorda.
Walgren pergunta o que Dr. White entendeu da entrevista de CM á polícia. White diz que percebeu que CM deu de 25mg a 50 mg de propofol com 5 CC de lidocaína. Baseado na entrevista, não poderia dizer como CM administrou o gotejamento. White diz que pode haver uma série de possibilidades sobre o gotejamento e tubos múltiplos IV, conforme descrito pelo Dr. Shafer é uma das possibilidades.

White concorda e diz que dar Propofol sem acompanhamento adequado pode ser perigoso e pode resultar em depressão cardio-respiratória. White diz que no mínimo deveria ter uma bolsa de respiração.

Walgren pergunta a White se alguma vez deu Propofol num quarto. White diz que nunca ouviu falar numa situção dessas. White diz que Propofol deve ser dado em consultórios médicos e clínicas.

Walgren pergunta sobre o equipamento de sucção. White diz que é possivel ter vómitos, mas é bastante raro. White diz que um oxímetro de pulso é essencial e o manguito de pressão é importante. White diz que para uma infusão,se deve medir pressão arterial a cada 5 minutos e para sedação mínima tambem. Capnografia não é utilizado em todos os lugares, White considera útil, mas não muito preciso.

Walgren pergunta se não conseguir manter os registos médicos é desvio flagrante de padrão de atendimento. White diz que os gráficos são necessários, mas, neste caso, não contribuiram para a morte. White também classifica como desvio ligeiro a moderado do padrão de cuidados.

Walgren pergunta sobre a pré avaliação processual. É quando a condição de pacientes em geral é avaliada para ver se existem fatores que podem aumentar a depressão cardio respiratória. Depressão respiratória provocada por Propofol é mencionada como sendo rara, e geralmente acontece quando  narcóticos estão presentes.

 
Walgren pergunta a Dr. White quanto a defesa lhe pagou. White diz que recebeu 11.000 dólares até agora. White diz que cobra 3.500 dólares por dia para as idas a tribunal, mas ele pediu que tal lhe fosse pago,porque a defesa não tem recursos.

Walgren pergunta a White se já teve um paciente que parasse de respirar depois de ter sido adminstrado com Propofol. White diz que sim, (após anestesia geral), e assitistiu-os com AMBU e máscara ou técnicas de ventilação, tais como intubação traqueal ou máscara laríngea.

Walgren menciona o juramento médico de "não prejudicar" e pergunta se CM violou este juramento dando Propofol. White diz que CM não prejudicou.

Walgren pergunta quem toma a decisão final - o médico ou o paciente. White diz que ambos compartilham a responsabilidade, mas o médico tem a opção de poder desistir. White diz que nunca iria administrar algo que considera inadequado.Desestiria.

Walgren pergunta se é fácil ir de um nível de sedação para o outro. White concorda que a monotorização é necessária, mas a dose de 25 mg é a dose mínima,e o efeito termina depois de 15 minutos. A monotorização de um paciente para essa dose por cerca de 15-30 minutos seria o suficiente e não haveria problema em deixar o paciente.

Walgren pergunta sobre oxímetro de pulso sem alarme. White diz que não tem nenhum valor quando se estiver fora da sala. White também afirma que 25 mg de propofol não teria efeito depois de 25-30 minutos. Walgren pergunta se os benzodiazepínicos teriam efeito, White diz que se foram dados horas antes que teriam pouco efeito.

White tenta justificar o tratamento de CM,dizendo que este era um caso incomum cujo o objetivo era induzir o sono, e que o facto de CM ter deixado MJ era aceitável.

Walgren pergunta,e se o paciente gostava de receber Propofol. White diz que não sairia do quarto.
 
White pergunta sobre falta de atendimento do 911. White diz que não pode justificá-la, mas também diz que a situação era diferente, CM não sabia o endereço e a casa não era de fácil acesso. Walgren questiona White. White diz CM devia ter ligado para o 911 mais cedo, mas não teria feito  diferença neste caso. White diz que teria começado a reanimação e ligado para  o 911 no periodo de 3 a 5 minutos.

White não acha que tudo o CM disse à polícia é verdade. White diz que em situações de emergência é difícil lembrar dos pormenores, e CM poderia ter esquecido de mencionar Propofol e não fazê-lo de forma desonesta. Walgren sugere que a outra alternativa é que CM mentiu. White reluntantemente concorda.

Walgren faz sobre a carta que White deu à defesa. Na carta está escrito que os sedativos, analgésicos e benzos podem aumentar o risco de Propofol. White diz que alta concentração de lorazepam,e 25mg de propofol dados rápidamente,podem causar arritmia,e uma morte rápida.

White menciona que muito embora CM  tenha comprado Propofol, MJ tinha o seu próprio stoque de Propofol. Walgren pergunta onde viu essa informação. White diz que CM lho disse.

Walgren mostra os tubos IV encontrados e pergunta se são facil de dissimular, e se cabem na mão ou no bolso. Dr White admite.

Walgren menciona como White especulou que MJ bebeu propofol, e agora rejeita que tenha sido a causa de morte. White diz que Dr. Shafer explicou porque não poderia haver propofol no estómago e por isso não causaria a morte.

White diz que fez a sua carta de 3 páginas,num curto espaço de tempo.Flanagan precisava de algo dele. White diz que não escreveu nenhum outro relatório. Na carta White escreveu que MJ se auto administrou por injeção ou por via oral. Flanagan tinha mencionado Propofol por via oral antes de escrever a carta e White dizer que fez uma pesquisa, mas não encontrou nada sobre isso.
 
Walgren pergunta se de acordo com White, a única opção é culpar a vítima. White diz que se CM somente deu o que disse que deu, o que se passaria seria diferente. Walgren pergunta a white se culpa MJ por ter tomado Lorazepam também. White diz que sim. Walgren pergunta a White se acreditou em tudo o que CM disse. White diz que sim. White diz que o que CM disse em relação à administração da droga é consistente com o relatório da autópsia.

Walgren fala do relatório e menciona o  ponto  em que White agora diz que MJ morreu de um bolus rápido, mas nunca escreveu em seu relatório / carta. Walgren pergunta se tem qualquer outra teoria que não atribui o consumo de drogas a MJ. White diz que não.

Walgren pergunta quem é Dra. Gabriella Onellis. White diz que é PhD em engenharia biomédica. White conheceu-a pela primeira vez na semana passada e perguntou-lhe se poderia calcular a quantidade de propofol.Iria aparecer na urina após 3 horas de uma infusão de 100 mk.
 
Walgren menciona que Dr. Shafer propocionou software para os modelos para a defesa e White apenas forneceu os códigos de computador em papel.

Walgren menciona a teoria do Lorazepam ás 10:00. Como o efeito de pico ocorreria em 2 horas-o paciente estaria bem ás 12:00. Na semana passada, quando Dr. Shafer testemunhou que Lorazepam tinha que ter sido tomado pelo menos quatro horas antes de ter morrido,White reune-se com Onellis,qu criou vários cenários. White diz que não estava ciente da teoria do Lorazepam ás 10:00.

Walgren pergunta se MJ lhe pediu para trabalhar para ele,e dar-lhe Propofol, e se aceitou o trabalho. White diz que não. Diz que nenhuma quantidade de dinheiro poderia convencê-lo a fazê-lo devido ao tempo que seria necessário, a responsabilidade e o uso off label de propofol.

Walgren pergunta se a teoria de White das 11:40 da manhã,de auto-administração é baseada em hipóteses por falta de registos médicos. White concorda.

Walgren pergunta se para a sua teoria,usou o facto de CM  ter saido da sala durante 2 minutos.White diz que não.

Walgren pergunta sobre o estudo Propofol em animais. White diz que Flanagan conhecia um veterinario que poderia fazer o estudo e que não teve parte nisso. White diz que só tem um relatório de Flanagan de propofol por via oral  e que não teve efeito sobre os animais estudados.

Walgren pergunta a White quando assume que MJ tomou Lorazepam,e CM foi saiu do quarto. White diz que MJ estava ansioso. Walgren rejeita o que White diz que CM lhe disse. White diz que entendeu que que CM estava noutra divisão do quarto (quarto adjacente etc) e não assistiu. White diz que CM não estava ciente de que MJ tinha tomado Lorazepam.

Walgren pergunta a White se está ciente de que CM deixou o quarto apenas uma vez. White diz que sim. Também acredita  que CM se afastou por volta das 07:00. Dr. White diz que quando CM estava ao telefone,foi, presumivelmente, para longe de MJ, porque MJ estava a dormir.
 
A Teoria de White é que CM fez 50 mg de propofol e lidocaína e deu metade o MJ e deixou a seringa meia cheia.Depois diz que  CM estava no corredor, Walgren rejeita o que CM disse a White.White acha que após CM ter dado metade da seringa a MJ, observou-o,e deixou-o para falar ao telefone e ir ao WC. White acha que MJ poderia ter-se injetado nesse intervalo de 40 minutos.

Walgren pergunta se MJ  se injetou através da porta de IV e se a seringa estava originalmente na cadeira. Walgren pergunta se não seria de tocar um alarme quando CM encontrou a seringa na porta de injeção. Walgren também pergunta se de acordo com sua teoria, MJ caiu para a cama na mesma posição.

Walgren pergunta se é do entendimento de white,que MJ andou pela casa com um suporte IV ,com um cateter,um preservativo e um saco de urina ligados á sua perna.

Walgren pergunta se não há uma possibilidade de CM  ter injetado Propofol adicional. White responde que sim, se quisesse fazer mal a MJ.

Walgren pergunta se quando pôs MJ a dormir se teve uma  leve / mínima sedação, o que significa resposta a estímulos verbais. Walgren pergunta se tal faz sentido. White diz que uma vez a dormir, não precisa de um maior nível de sedação.

White acredita que MJ não recebeu Propofol nos dias 23 e 24 com base nos níveis de urina.

White diz que durante as seis semanas anteriores, CM deu a MJ 1 ou 2 bolus de propofol (25 a 50 mg) e com uma infusão,pois a garrafa de Propofol tinha sido esvaziada para um saco IV. Walgren novamente opoem-se a White dizendo que está a dizer o que CM lhe disse. White especula que  a sedação foi mínima a moderada.

Walgren cita vários artigos escritos por Dr. White. Um artigo diz que MAC (sedação moderada) exige o mesmo nível de padrão de cuidados como a anestesia geral.

Diretrizes base para anestesia (escrito por Dr. White):
 
1-Pessoal devidamente treinado
2 Equipamentos para anestesia
3-Documentação completa dos cuidados prestados
4 Monotorização de equipamento
5 Recuperação de área, com pessoal competente
6-Disponibilidade de equipamento de emergência
7 Plano de emergência para o transporte de pacientes para um espaço que ofereça atendimento mais abrangente, caso ocorra uma complicação
8-Documentação num programa de garantia de qualidade
9-Formação contínua do médico
10 - Normas de segurança que não podem ser comprometidas para o conforto ou custo do paciente

Walgren pergunta se essas normas devem ser aplicadas se o Propofol fôr administrado num quarto. White diz que não daria num quarto.
White eventualmente, concorda que dar Propofol numa casa exige os requisitos mínimos de anestesia.
 
 
Redação: Maria João Silva
Clube de Fãs Michael Jackson
Portugal

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